terça-feira, dezembro 25, 2007

São Paulo, SP - Off-Tap - Maurice Vaneau

Da Folha Online:

Coreógrafo belga Maurice Vaneau morre aos 81 anos em São Paulo

(da Folha Online , 24/12/2007 - 14h18)

O coreógrafo, diretor, cenógrafo e figurinista Maurice Vaneau morreu nesta segunda-feira (24) aos 81 anos, vítima de broncopneumonia, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Geral da Pedreira, onde morreu às 7h45.

O corpo do coreógrafo, que sofria de mal de Alzheimer, será velado hoje às 17h no cemitério da Vila Alpina. Já a cerimônia de cremação está prevista para amanhã (25), às 8h30, no mesmo local. Era casado com a coreógrafa brasileira Célia Gouvêa, com quem teve duas filhas, Yara e Vânia. Também era pai de Peri, fruto de casamento anterior.

Folha Imagem

Coreógrafo Maurice Vaneau morreu aos 81 anos vítima de broncopneumonia em SP
Belga de nascimento, Maurice Vaneau começou sua carreira no teatro pela companhia Rideau de Bruxelas, em 1946, vindo ao Brasil pouco depois, nos anos 50, quando se juntou ao TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) a convite de Franco Zampari.

Radicado em São Paulo e naturalizado brasileiro, Vaneau trabalhou com grandes nomes do TBC. Despontou nos palcos brasileiros ao lado de nomes como os italianos Adolfo Celi, Aldo Calvo, Luciano Salce, Gianni Rato, Ruggero Jacobi, Flaminio Bollini, além do polonês Ziembinski.

Vaneau também trabalhou com grandes atores brasileiros, entre eles Cacilda Becker, Walmor Chagas, Raul Cortez, Tônia Carrero, Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, Paulo Autran, Sérgio Cardoso e Jardel Filho.

Entre as montagens que trouxe ao Brasil está o clássico "Quem tem Medo de Virgina Woolf?" (de Edward Albee), montada por Veneau em 1965 em meio a grande polêmica. A peça --estrelada por Cacilda Becker, Walmor Chagas, Liliam Lemmertz e Fulvio Stefani -- virou referência do teatro brasileiro nos anos 60.

Ele também montou "Gata em Teto de Zinco Quente' e "Um Bonde Chamado Desejo", além de "Ossos do Barão", de Jorge Andrade, e "A Casa de Chá do Luar de Agosto", de John Patrick --estas últimas, as duas maiores bilheterias do TBC.

Vaneau também ficou marcado por ser um dos precursores da chamada dança-teatro. Além da modalidade, dirigiu óperas e documentários para o cinema, criou figurinos para os palcos e foi iluminador.

Em 2006, ele ganhou a biografia "Artista Múltiplo", de autoria de Leila V. B Gouvêa (cunhada do diretor), da Coleção Aplauso.

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