domingo, julho 27, 2008

Joinville, SC - Off-Tap - Fim do Festival

Reportagem de Cristina Baldi para a Folha Online:

Mais de 4.500 bailarinos, de diversos Estados brasileiros estiveram no 26º Festival de Dança de Joinville, entre os competidores e os que fizeram cursos. Desde o dia 16 até a noite deste sábado (26) foram apresentações diárias no Centreventos Cau Hansen, incluindo as mostras competitivas e as de grupos profissionais (além dos eventos na rua, os chamados palcos abertos).

A Folha Online ouviu bailarinos participantes do festival e elencou também, a partir do que viu, o que de melhor aconteceu nestes dias.

"Para mim, estar no festival dançando foi o melhor. Tem muita gente que quer e não consegue", disse a bailarina Priscila Braunh.

Sem dúvida, os dois principais destaques do festival foram as noites de abertura e de gala, com as apresentações do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e dos solistas do Bolshoi. Os russos dançaram "Don Quixote", obra que também foi apresentada na Praça Nereu Ramos, pela Companhia Brasileira de Ballet, do Rio de Janeiro (outro destaque do festival).

A mostra de dança contemporânea teve, neste ano, apresentações em lugares inusitados, como a obra "Alice", do Grupo Gaia, em uma boate. Apesar dos problemas do espetáculo, a iniciativa tem de ser comemorada. E a boate em questão foi uma das que mais recebeu público nos dias do evento. "As baladas foram o que de melhor teve neste festival, com muita gente bonita", disse o bailarino Lúcio Kalbush.

Também se destacaram grupos que, mesmo sem receberem a primeira colocação, trouxeram apresentações diferenciadas, dentro de suas linguagens. O Segmento Porão apresentou a obra "Sem notícias de ti, mon Cher", uma das poucas em dança contemporânea que não seguia a linha de movimentação da Quasar. Os bailarinos tinham uma proposta ao estilo de dança-teatro. E o Piratas da Rua, que trouxe "Búzios" na dança de rua. Foi a única obra apresentada nesta linguagem com uma proposta cênica, além da coreografia --os demais traziam apenas a movimentação, o que é uma falha na dança de rua.

Merece destaque também o jovem Guilherme de Mendonça, que encantou a platéia toda vez que subiu ao palco, entre elas com "Arlequinade" e a ótima qualidade técnica e cênica dos grupos de danças populares (o luxo de alguns parecia das escolas de samba cariocas).

"A feira da sapatilha foi o melhor, porque tem muitas estandes e muita gente. É a oportunidade de conhecer e reencontrar pessoas", disse a bailarina Michele Marchetti. Fora do palco, a "Rua da Dança", que ocorreu no domingo (20), foi uma das melhores coisas. Durante todo o dia, a população viu e fez aulas de dança. Foi a primeira vez que esta oportunidade foi aberta. Também estrearam no festival as massagens orientais, gratuitas para todos os participantes. Um dos melhores presentes depois de dias de intenso trabalho...

O melhor do festival

1. Noite de Gala com os solistas do Bolshoi
2. Noite de abertura com o Teatro Municipal do Rio de Janeiro
3. "Don Quixote" na praça
4. Mostra contemporânea em lugares inusitados
5. Grupo Segmento Porão, com a obra "Sem notícias de ti, mon cher", na primeira noite competitiva (17 de julho)
6. Grupo Piratas da Rua, com a obra "Búzios", na última noite competitiva (25 de julho)
7. O jovem Gustavo de Mendonça, como "Arlequinade"
8. A qualidade dos grupos de danças populares
9. Rua da dança
10. Massagem oriental


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